Na estrada da vida: ressignificando experiências.

Pilotando a astronave da existência: reflexões sobre controle, medo e aceitação.

Tem uma música do Toquinho, Aquarela, que sempre me remete a importantes reflexões. Ele diz que o futuro é uma astronave que tentamos pilotar, não tem tempo, nem piedade, nem tem hora de chegar. Sem pedir licença, muda a nossa vida e depois nos convida a rir ou chorar.

Esse convite nos leva a uma constatação: pilotar essa nave requer flexibilidade e aceitação de que somos sujeitos da falta, com necessidades e demandas a serem atendidas. Mesmo sabendo que muitas delas não serão supridas, nem no tempo que queremos, nem como queremos, nos lançamos em fantasias de controle e poder. Este parece o tipo de encontro perfeito que não vai acontecer. Assim, vivemos nesta corrida frenética, tentando controlar o nosso mundo e aqueles que nos cercam.

A música continua afirmando que, nessa estrada, não nos cabe conhecer ou ver o que virá; o fim dela ninguém sabe bem ao certo onde vai dar. Somos esse mistério, pouco sabemos, e isto favorece um dos nossos maiores medos, que talvez seja o encontro com nós mesmos. Reconhecer nossas necessidades, desejos e vazios nos leva a possíveis conflitos existenciais e, muitas vezes, desejos e necessidades não se entendem. Será que conseguimos encarar o que de fato queremos? E sabe-se lá o que conseguimos bancar.

Então, enquanto isso, vamos entrar na nave e aproveitar os lugares que poderemos apreciar durante a viagem, simplesmente usufruir o que nos é ofertado ou o que conquistamos.

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